| 21/09/2005 12h39min
A pesquisa Ibope divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) traçou três cenários para as eleições presidenciais de 2006. No primeiro, haveria um empate técnico entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB). Lula teria 33% dos votos, contra 30% de Serra, portanto, dentro da margem de erro de 2,2 pontos para cima ou para baixo.
O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB) teria 10%, o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), 4%, e a senadora Heloisa Helena (PSOL-AL), 5%, Votos brancos e nulos teriam 14%. Não sabe ou não opinaram, 5%. Em junho, Lula tinha 38%, contra 29% de Serra. Garotinho tinha 9%, Cesar, 4%, Heloisa, 3%, brancos e nulos, 13%, não sabiam nem opinaram, 5%.
No segundo cenário, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no lugar de Serra, Lula teria 35%, Alckmin, 14%, Garotinho, 15%, Heloisa Helena, 6%, Cesar Maia, 5%, brancos e nulos, 19%. Não sabem ou não
opinaram, 6%. Na pesquisa de junho,
Lula tinha 40%, Alckmin, 14%, Garotinho, 14%, Cesar Maia, 7%, Heloisa Helena, 4%, brancos e nulos, 16%, não sabem nem opinaram, 6%.
No terceiro cenário, o levantamento do Ibope mostra que novos nomes de candidatos não mobilizam os eleitores. Lula teria 35%, Serra, 33%, Heloisa, 6%, Cesar, 5%, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), 2%, o deputado Roberto Freire (PPS-PE) aparece com um traço, assim como o senador Cristovam Buarque (DF). Brancos e nulos teriam 15%. Não sabem não opinaram, 5%. O traço significa que o percentual de votos não chega a 1%.
O Ibope destaca o crescimento sólido de Heloisa Helena (PSOL-AL), que tem captado os votos dos descontentes com a crise que envolve o governo Lula. Em todos os três cenários traçados pela pesquisa, Helena apresentou crescimento simbólico. Candidatos como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho e o prefeito do Rio, Cesar Maia, permanecem com percentuais estáveis
desde junho.
A
pesquisa mostra ainda que Lula perdeu muito apoio entre os que votaram nele no segundo turno das eleições de 2002. Dos 57% de entrevistados que votaram em Lula no segundo turno, apenas 50% disseram que votariam novamente no petista.
Sobre a crise política, dos 81% que disseram ter tomado conhecimento dos acontecimentos, 47% acham que Lula deveria disputar a reeleição, contra 49% que pensam que não. Indagados se as notícias dos últimos dias foram mais ou menos favoravéis ao governo, 61% disseram que foi mais desfavorável, 16% acharam que o noticiário foi neutro e 11%, mais favorável.
Para 28% dos entrevistados, a acusação mais séria contra o governo é a de pagamento de mesada a parlamentares para garantir votos, 21% citaram as denúncias de corrupção nos Correios, 10% citaram as denúncias envolvendo o presidente da Câmara, Severino Cavcalcanti, e 9% a denúncia de caixa dois do PT.
A pesquisa mostra ainda um crescimento expressivo dos que tomaram
conhecimento das denúncias envolvendo o
governo. Em junho, apenas 58% disseram que sabiam da crise, contra 81% em setembro. Do total deste mês, as denúncias são totalmente verdadeiras para 46%, mais verdadeiras do que falsas para 32%, mais falsas do que verdadeiras para 13% e totalmente falsas para 3%. Já o percentual dos que não tomaram conhecimento das denúncias passou de 41% na pesquisa de junho para 18% em setembro.
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