| 20/09/2005 15h06min
A Comissão Européia (CE) confirmou hoje que as atuais medidas contra a gripe aviária são suficientes. O anúnfio foi feito após divulgação de um relatório científico que alerta sobre a necessidade de se controlar os vírus pouco patogênicos para evitar que eles sofram mutação e se transformem em uma variante da doença que afeta humanos.
A Autoridade Européia para a Segurança Alimentar (Aesa) publicou hoje relatório no qual recomenda que os países da União Européia vigiem tipos mais leves de vírus da gripe aviária ante o risco de mutação que leve a outros mais perigosos, como o H5N1, que causou mortes na Ásia.
A Aesa lembrou que no passado esta mutação aconteceu "na Europa e no mundo" e indicou que a legislação da UE estabelece a notificação da presença de vírus como o H5N1, mas não no caso dos menos patogênicos.
Os cientistas da Aesa insistiram em aumentar a vigilância às aves migratórias, já que não pode se excluir totalmente seu contato com outros pássaros, e aconselharam aumentar o controle para frear a entrada ilegal desses animais vivos, que poderiam transmitir a gripe. Segundo a agência, o maior risco está nas aves vivas.
O comissário europeu de Saúde, Markos Kyprianou, disse no Conselho de Agricultura que os relatórios da Aesa confirmam que a UE está tomando as medidas adequadas para frear a entrada da epizootia, e por isso por enquanto não haverá atuações extraordinárias.
Kyprianou insistiu, em entrevista coletiva, em dizer que os países da UE devem atuar de uma maneira harmonizada, e ressaltou que é preciso evitar atuações nacionais isoladas como as restrições que Holanda e três Estados da Alemanha aprovaram.
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