A cidade de Nova Orleans e a região do Golfo do México em geral observam com nervosismo o rumo do furacão Rita e se preparam para uma eventual segunda evacuação.

– Peço a todos (...) que se preparem para uma evacuação até quarta (dia 21) –, declarou o prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, após ordenar o adiamento do retorno paulatino dos habitantes à cidade.

Nagin assegurou hoje, que, nesta ocasião, os planos de evacuação são muito mais precisos, já estão sendo aplicados e, de fato, 200 ônibus já estão preparados para esvaziar novamente a cidade. Além disso, a população que seria evacuada agora é mais "móvel" porque é menos numerosa e, na maioria dos casos, tem meios de transporte.

Tanto o prefeito como as autoridades federais que coordenam os trabalhos de reconstrução da zona devastada pelo Katrina estão de acordo que os diques de Nova Orleans, ainda úmidos, não poderiam suportar a eventual chegada de um novo ciclone.

É uma possibilidade que os especialistas do Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês) dos EUA não descartam. Hoje, eles alertaram que Rita – que nesta manhã passou de tempestade tropical a furacão de categoria um na escala Saffir-Simpson (de cinco graus) – poderia voltar a afetar a zona arrasada pelo Katrina. Embora só receba algumas ondas, os diques de Nova Orleans não resistiriam ao Rita, e a cidade voltaria a se ver inundada, segundo os responsáveis pelas obras de reparação dos diques e de outras infra-estruturas básicas.

O comandante do Corpo de Engenheiros do Exército, o tenente-general Carl Strock, declarou à rede de televisão CNN que os sistemas de bombeio de água pluvial estão funcionando em 30% de sua capacidade. Portanto, acrescentou, há preocupação com a chegada do furacão, mas também por chuvas associadas a ventos.

Por enquanto, o Rita afeta a região de Florida Keys e avança em direção ao Texas, estado onde já foi solicitada a evacuação -por enquanto voluntária-, de algumas zonas como a cidade de Galveston.