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 | 16/09/2005 20h12min

Bastos disse que nunca recebeu pedido para abafar CPIs

Ministro da Justiça afirmou não ter visto Dirceu envolvido em atividades ilegais

Em resposta ao questionário de 42 perguntas feito pelo Conselho de Ética da Câmara, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, respondeu que nunca recebeu do governo qualquer pedido para abafar a abertura de CPIs e que sempre determinou à Polícia Federal que colaborasse da melhor forma possível com as investigações. Segundo ele, as funções de José Dirceu à frente da Casa Civil foram exercidas de acordo com o que determina a lei.

– Não cabe ao Executivo trabalhar para abafar quaisquer denúncias. O que a imprensa tem chamado de gabinete de crise é uma reunião de ministros que visam a assessorar o presidente da República. O nome da reunião é de ser creditado à imprensa nacional, que raras vezes em nossa história teve tanta liberdade para investigar – disse o ministro.

Indagado se estava convicto de que Dirceu não tinha conhecimento dos empréstimos feitos pelo empresário Marcos Valério para o PT, Thomaz Bastos respondeu que nunca ouviu o ex-ministro sequer mencionar o nome de Valério. Sobre a relação entre Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ministro disse que presenciou "a relação pessoal e institucional" entre os dois.

– É importante frisar que o presidente Lula participa das decisões importantes com relação a sua gestão, nunca abdicando de seu papel de chefe de governo e de Estado – disse o ministro na resposta.

O ministro disse ainda que, apesar de não ser filiado ao PT, tem uma relação próxima com o partido e o presidente Lula de muitos anos e que aprendeu muito com o PT. Segundo ele, é inegável a contribuição do partido para a construção da idéia de que é possível fazer do Brasil um país pautado pela ética pública. O ministro disse que não tem conhecimento do financiamento da campanha de Lula.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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