| 13/09/2005 21h02min
Na reunião de hoje do Conselho de Ética, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou ao relator do processo contra o deputado José Dirceu (PT-SP), deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que não participou da negociação para indicação de cargos.
–- É uma atribuição da Casa Civil, que verifica a aptidão das credenciais administrativas, éticas e morais dos candidatos – explicou.
O líder lembrou ainda que Dirceu tinha palavra final nas votações e atuava como coordenador político do governo, sendo “tido e havido” como o homem forte do governo. Chinaglia também sustentou que somente o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares seria responsável pelo escândalo que envolveu dívidas de campanha do partido.
– Uma prova é que há uma disputa interna entre as diversas tendências do PT. Se uma delas soubesse, o esquema seria denunciado – comentou.
O líder do governo também afirmou que Dirceu, que foi presidente da legenda por duas vezes, detinha um poder político bastante grande no comando administrativo do PT.
– Nas reuniões da Executiva, Dirceu sempre fazia análise do país, do governo e da conjuntura política – comentou.
Chinaglia disse ainda que, nas vezes em que esteve no gabinete de Dirceu na Casa Civil, não se encontrou com Delúbio ou com o ex-secretário-geral do partido Silvio Pereira.
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