| 13/09/2005 15h
O advogado Sebastião Coelho, responsável pela defesa de Sebastião Augusto Buani, dono do resturante Fiorella, não mostrou muita convicção nesta terça de que o cheque que comprometeria o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, vá aparecer. Ele chegou a dizer que vai pedir a Deus para que isso aconteça. Coelho disse que Sebastião Buani vai pedir hoje ao Bradesco a microfilmagem de todos os cheques emitidos por ele em 2002 e 2003 na esperança de comprovar as denúncias contra Severino.
– Vamos orar a Deus para que apareça – disse o advogado.
Ontem, Sebastião Coelho disse que seu cliente pediu cópia de oito cheques ao banco na esperança de que um deles tenha a assinatura do motorista de Severino, que teria descontado o cheque no caixa. Segunda-feira, Buani entregou à Polícia Federal um extrato que mostrava o desconto de um cheque de R$ 40 mil que teria dado a Severino e prometeu que hoje entregaria um cheque R$ 7,5 mil que comprovaria a culpa de Severino, o que seria "o golpe final" contra o presidente da Câmara, nas palavras do próprio empresário.
A funcionária do Bradesco Maria Elisabeth Alves Crispim dos Santos disse em depoimento à Polícia Federal que não se lembra do saque de um cheque de R$ 7,5 mil feito em 2002 da conta de Buani.
Ela trabalha na agência bancária em que o empresário afirma que sacou dinheiro para pagar propina ao então primeiro secretário da Câmara para manter a concessão de um restaurante no 10º andar de Casa.
Nesta segunda, a ex-gerente da mesma agência do banco, Jane Albuquerque, também prestou depoimento e disse que não se lembrava da movimentação bancária de Buani. Entre os saques, há um de R$ 40 mil, feito em 4 de abril de 2002.
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