Os advogados do ex-prefeito Paulo Maluf e do filho dele, Flávio Maluf, ainda não sabem quando irão entrar com o pedido de habeas corpus para libertar os clientes. Os advogados José Roberto Batocchio e Ricardo Tosto permaneceram na superintendência da Polícia Federal por cerca de duas horas nesta manhã e disseram que, antes de entrar com pedido, precisam estudar a decisão da Justiça.

O secretário particular de Maluf, Roque Carneiro, afirmou que, ao contrário do que foi dito à imprensa, o ex-prefeito e seu filho não dividem a mesma cela. Eles estariam numa espécie de apartamento de dois quartos, com sala de TV e copa com geladeira.

A prisão preventiva dos dois foi decretada na sexta pela juíza Silvia Rocha, da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Silvia aceitou na íntegra a denúncia da Polícia Federal, que é endossada pelo Ministério Público Federal. Maluf apresentou-se no final da noite de sexta espontaneamente na Polícia Federal.

Maluf e seu filho Flávio são acusados de coagir testemunhas e ocultar provas do processo no qual agora é réu. Os dois são acusados ainda de evasão de divisas, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.