Passados dois feriados nesta semana, o do Dia do Trabalho nos Estados Unidos e o da Independência no Brasil, os negócios se normalizaram hoje. O dólar comercial terminou a primeira etapa em queda de 0,17%, a R$ 2,319 na compra e R$ 2,321 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o pregão da manhã com alta de 0,16%, perto dos 29 mil pontos (28.903 pontos), e volume financeiro de R$ 639 milhões).

O risco-país caiu oito pontos em relação ao fechamento de terça-feira e cinco pontos em relação a ontem, quarta-feira. O EMBI+ brasileiro apresentava às 13 horas 391 pontos centesimais. Para um corretor, com o fim dos feriados, os exportadores retornaram aos pregões, contribuindo para a queda da moeda americana. Na mínima do dia, o dólar foi vendido a R$ 2,315, o que representa desvalorização de 0,43% sobre o fechamento de terça-feira (R$ 2,325 na venda).

Internamente, o destaque nesta manhã de quinta-feira foi a divulgação da produção industrial pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, entre junho e julho a produção caiu 2,5%. A desaceleração reforça a possibilidade de queda da taxa de juro na reunião da semana que vem do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nos Estados Unidos, o destaque ficou com os dados de seguro-desemprego e do estoque atacadista. Segundo levantamento, caiu o número de trabalhadores americanos que solicitaram o seguro-desemprego até o dia 6 de setembro. Foram 319 mil pedidos, mil a menos do que no levantamento anterior. Os dados, no entanto, devem mudar depois da contagem nos estados que sofreram com o furacão Katrina na semana passada. Os estoques atacadistas americanos caíram 0,1% em julho e as vendas subiram 0,5% com um salto na demanda por petróleo.

Segundo analistas, uma informação considerada importante é que, além das plataformas de petróleo que voltaram a operar no Golfo do México depois do furacão, os Estados Unidos receberão do governo espanhol a liberação de 70 mil barris diários de sua reserva nacional de petróleo durante 30 dias. Isso deve amenizar a situação no país e reduzir o preço do barril, que já ontem fechou em queda forte.

AGÊNCIA O GLOBO