Desta vez não teve show. A Seleção Brasileira realizou uma partida tecnicamente fraca e burocrática diante do Sevilla na tarde desta terça, dia 6. O quarteto formado por Kaká, Robinho, Ronaldinho e Adriano foi vacilante. Lento, talvez cansado do jogo contra o Chile, o time foi leviano.

E quem se aproveitou foi o centenário clube espanhol. Aos 16 minutos da segunda etapa, Kanouté arrancou pela ponta e ao estilo de Adriano, colocou na frente, invadiu a área e fuzilou: 1 a 0.

Quando tudo se encaminhava para uma derrota da Seleção, Adriano, o Imperador resolveu jogar um pouco. Ele arrancou pela esquerda e cruzou. Na confusão dentro da pequena área, o zagueirl Alfaro colocou contra o patrimônio. Resultado final: 1 a 1.

A Seleção começou no ataque, procurando abrir logo o marcador. Aos quatro minutos, Kaká fez bom passe para Adriano, que bateu por cima do gol, na primeira boa chegada brasileira.

O time do Sevilla não se intimidou com a força do adversário e tramava bem, principalmente com o Saviola e Luis Fabiano. Aos nove, a dupla apareceu bem, mas Dida abafou a conclusão do ex-artilheiro do São Paulo. Aos 13, foi a vez do argentino assustar após concluir com perigo um cruzamento de Daniel Alves da direita

Antes, aos nove Cafu deu belo chute cruzado, mas Notário fez grande defesa. Aos 16, Kaká pegou sobra na área e chutou, mas o goleiro espanhol apareceu novamente com brilhantismo. Quatro minutos depois, o meia do Milan deixou Adriano na cara do gol, mas o atacante tocou para fora, na melhor chance até o momento.

O Brasil toca a bola com desenvoltura e criava chances através de belas triangulações. Aos 23, Ronaldinho fez belo passe para Robinho, que colocou rasteiro para nova boa intervenção de Notario. Aos 27, Notário teve de trabalhar bem novamente, evitando um gol olímpico de Ronaldinho.

O Sevilla também criava chances. Aos 32, Saviola quase abriu o placar, mas Dida se atirou para salvar a meta brasileira. Aos 40, Luis Fabiano chegou a balançar a rede, mas a arbitragem invalidou, anotando impedimento. No minuto seguinte, foi a vez de Robinho marcar, porém igualmente anulado.

O Brasil voltou para o segundo tempo com sete alterações, decisão de Carlos Alberto Parreira com a finalidade de colocar os suplentes para atuar.

Animados, os espanhóis partiram para cima e, aos 16 minutos, Kanouté, que entrara em lugar de Luis Fabiano, invadiu a área a bateu, sem chances para Dida.

Com o time muito modificado e desentrosado, o empate caiu dos céus.Aos 39, Adriano bateu cruzado, a bola bateu na trave e o zagueiro Alfaro marcou contra, em um autêntico presente de grego para sua equipe.

O Brasil voltará a campo agora somente em outubro, quando enfrentará a Bolívia, em partida marcada para La Paz, pela penúltima rodada das Eliminatórias para a Copa de 2006.

AGÊNCIA PLACAR