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 | 06/09/2005 09h09min

IGP-DI de agosto teve deflação de 0,79%

Recuo dos preços dos alimentos pressionou índice

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) recuou pelo quarto mês consecutivo e registrou deflação de 0,79% em agosto. Em julho, a queda tinha sido de 0,40%. O Índice de Preços por Atacado (IPA), que tem peso de 60% no indicador geral, cedeu 1,04%, contra queda de 0,69% em julho.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%, caiu 0,44%, contra alta de 0,13% em julho. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve uma pequena alta de 0,02% em agosto, ante elevação de 0,11% em julho. No ano, o IGP-DI acumula alta de 0,32% e nos últimos 12 meses, de 2,71%.

Entre os preços por atacado, a taxa de variação dos Bens Finais recuou de -0,09%, em julho, para -1,22%, em agosto. Contribuíram para a desaceleração os subgrupos alimentos in natura, cuja taxa passou de -0,92%, em julho, para -8,64%, em agosto, e alimentos processados, de -0,61% para -1,65%.

Em sentido inverso, vale destacar a aceleração do subgrupo utilidades domésticas, cuja taxa aumentou de -1,17% para 0,21%.

O índice de Bens Finais, obtido após a exclusão de alimentos in natura e combustíveis para consumo, registrou variação negativa de 0,39%, desacelerando-se 0,16 ponto percentual em relação a julho, quando a taxa havia sido de -0,23%. O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação negativa de 0,81%, em agosto, ante -0,57%, emjulho, desacelerando-se 0,24 ponto percentual. Dos cinco subgrupos componentes, apenas o de maior peso, combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou recuo em sua taxa, quebaixou de 1,85% para -0,87%.

O índice de Bens Intermediários, calculado após a exclusão dos combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou taxa de -0,80%, 0,35 ponto percentual acima da variação de julho, de -1,15%. O índice relativo às Matérias-Primas Brutas foi o único dos três grupos componentes do IPA por estágios a mostrar aceleração, de -1,70%, em julho, para -1,26% em agosto.

Apesar de apenas nove dos 22 itens pertencentes ao subgrupo Matérias-Primas Agropecuárias registrarem aceleração, o peso destes produtos, em conjunto, corresponde a mais de 60% da ponderação do subgrupo. Como resultado, sua taxa de variação acelerou-se de -1,71% para -1,44%. Contribuíram para este movimento as elevações verificadas nas taxas, entre outros, dos itens: café em coco (-10,44% para -2,33%), cana-de-açúcar (-2,98% para 1,55%), aves (-1,06% para 3,02%) e bovinos (-1,54% para -0,76%).

A aceleração de preços das Matérias-Primas Brutas Agropecuárias não foi maior por conta das desacelerações observadas, entre outros, nos itens leite in natura (-1,81% para -6,43%) e milho (1,01% para -3,50%).

AGÊNCIA O GLOBO
 

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