| 01/09/2005 17h24min
Em dia de ajustes, o dólar comercial fechou hoje em alta de 0,21%, a R$ 2,361 na compra e a R$ 2,363 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que na quarta-feira subiu 1,60%, terminou o pregão viva-voz em queda de 0,52%, com 27.898 pontos e volume financeiro de R$ 1,171 bilhão.
A entrada de novos recursos no país pela manhã amenizou, de certa forma, um esperado ajuste na moeda americana, depois da queda de mais de 1% na cotação ontem, dia de formação da Ptax, a taxa média que remunera os contratos na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O dólar oscilou bastante pela manhã, mas se manteve em elevação durante toda a tarde. Na máxima, chegou a R$ 2,373 na venda.
– Ontem, houve disputa na briga pela Ptax. Nesta quinta-feira, os investidores inverteram as posições. Mas a tendência não muda muito no curto prazo, principalmente sem novas denúncias de corrupção envolvendo integrantes do governo. É a lei da oferta e da procura. Com o saldo da balança comercial favorável sobra dólar e a cotação não se sustenta – disse Mário Battistel, diretor de câmbio da Corretora Novação.
Em agosto, segundo dados divulgados Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a balança comercial registrou superávit de US$ 28,348 bilhões. As exportações chegaram a US$ 76,086 bilhões e as importações atingiram US$ 47,738 bilhões. Para o ano, a estimativa do ministério é atingir os US$ 112 bilhões exportados, com US$ 38 bilhões de superávit. Para 2006, a meta é alcançar os US$ 120 bilhões em vendas para o exterior.
– O petróleo preocupa um pouco, mas, por enquanto, o real deve continuar se valorizando – disse Battistel.
Além do petróleo no mercado internacional, as atenções estiveram voltadas para os dados americanos. Os pedidos de auxílio desemprego alcançaram o maior nível em quase dois meses. Foram 3 mil pedidos a mais, chegando a 320 mil. Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, os gastos dos consumidores americanos aumentaram 1% em julho, pelo segundo mês consecutivo, superando o crescimento menor que o esperado de 0,3% na renda pessoal.
Os investidores estão acreditando, cada vez menos, na possibilidade de queda da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Nesta quinta-feira, os juros futuros negociados na BM&F terminaram em alta, de certa forma, expressiva. O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro passou de 19,60% ao ano para 19,63%. Para novembro, as apostas também foram de alta, com o DI passando de 19,51% para 19,53%. Para janeiro de 2007, o contrato mais líquido, a alta chegava a 0,55%, com o DI passando de 18,05% para 18,15%. O contrato de janeiro de 2006, que estava em 19,14% na quarta-feira, fechou em 19,18%. O DI de abril de 2006 passou de 18,68% para 18,73%.
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