| 25/08/2005 15h34min
A revista The Economist desta semana publica um artigo sobre as suspeitas de envolvimento do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, com o recolhimento de propinas para o PT na sua gestão como prefeito de Ribeirão Preto.
Intitulado O valor de Palocci, o texto informa que, "pela primeira vez desde que o escândalo de corrupção (do governo do PT) começou em maio, especuladores entraram em pânico, derrubando bônus brasileiros, ações e o real". A revista reconheceu que a defesa de Palocci contra as acusações, em uma entrevista coletiva no domingo, foi convincente, e destacou sua atuação para conseguir combinar estabilidade econômica com crescimento moderado no Brasil.
No último dos cinco parágrafos do texto, a Economist avalia que se Palocci deixasse o governo, "Lula provavelmente o substituiria com um tecnocrata com as mesmas opiniões (do ministro), provavelmente um de seus auxiliares". Mas haveria um custo, diz a revista: "Perto de Lula, Palocci é o mais poderoso político do PT no governo e o mais hábil a defender a austeridade e reformas econômicas", e sua saída poderia abalar as convicções de Lula.
"Um sucessor com as mesmas idéias talvez tivesse mais dificuldade em executá-las", avisa a Economist.
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