O homem que levou o ministro da Fazenda a dar explicações em coletiva hoje vai depor quarta-feira pela segunda vez na CPI dos Bingos. O advogado Rogério Buratti foi reconvocado para explicar as denúncias que fez, em depoimento ao Ministério Público de São Paulo.

Ao dizer que Antonio Palocci recebia propina de R$ 50 mil de uma empresa de coleta de lixo na época em que era prefeito de Ribeirão Preto, o advogado que foi secretário de Governo de Palocci abriu um novo capítulo na crise que atinge o país.

Há cerca de 10 dias, quando depôs pela primeira vez na CPI dos Bingos, Buratti disse que, desde 1994, quando deixou o cargo de secretário de governo de Ribeirão

Preto, seus contatos com o ministro Palocci passaram a se dar em "situações ocasionais", quando só se cumprimentavam. Com a quebra de seu sigilo telefônico, o número de Juscelino Dourado, chefe de gabinete do ministro, aparece entre os mais acionados por Buratti em fevereiro e março do ano passado.