| 18/08/2005 07h45min
O local ainda é mantido em segredo, mas detalhes da nova fábrica de alimentos da Nestlé no Estado – a empresa já tem uma unidade para rações, a Purina, em Camaquã – já saem do forno. Segundo o principal articulador das negociações para a vinda do novo empreendimento da multinacional suíça aos pampas, o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, a unidade vai condensar leite para produzir a bebida em pó posteriormente. O grupo não descarta a idéia de aproveitar a planta para trabalhar com iogurtes, cereais e água mineral, diz o secretário.
A informação não é confirmada oficialmente pela empresa, que, na terça da próxima semana, envia ao Estado seu presidente, Ivan Zurita, para participar de um jantar da Associação Gaúcha dos Supermercados na Capital. Segundo Terra, porém, o encontro será apenas uma confirmação do interesse de instalar a fábrica no Rio Grande do Sul. O valor do investimento e a estimativa de empregos e produção devem ser anunciados em setembro.
– O Estado é a terceira maior bacia leiteira, perde apenas para Minas Gerais e Goiás, onde a Nestlé já tem fábricas. Faltava uma aqui. Além disso, a posição geográfica, favorável para exportações ao Mercosul, é muito atrativa – diz Terra.
Além de articular a instalação da unidade da Nestlé, especialmente em Santa Rosa, sua base eleitoral, o secretário é amigo do diretor do grupo no Brasil, Carlos Faccina.
– Há cinco anos o trouxe para Santa Rosa. Mas não serão critérios políticos que definirão a escolha do local. Além da bacia leiteira, localizada nas regiões Norte e Noroeste, a logística de transporte do leite será levada em conta – destaca.
Em Santa Rosa, o clima é otimista. O prefeito Alcides Vicini (PP) afirma ofereceu uma área de 20 hectares para a Nestlé instalar a fábrica. Vicini, que almoçou com Faccina há duas semanas em São Paulo, acredita que antes do início da Expointer, no dia 27 deste mês, o local escolhido será revelado. Para Alexandre Goellner, prefeito de Carazinho pelo PSDB, terra da Parmalat nos pampas, o encontro com a Nestlé ocorre hoje. Ele e uma comissão de quatro prefeitos levam a São Paulo as potencialidades da região e a disponibilidade de um distrito industrial de 42 hectares.
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