| 17/08/2005 20h20min
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticaram hoje a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa de juros básica inalterada em 19,75% ao ano. Segundo a CNI, tanto o comportamento corrente da inflação como sua tendência futura justificariam o início de um ciclo de queda dos juros.
– Ambos apontam para o alcance da meta de inflação tanto em 2005 como em 2006 – disse em comunicado.
Para a CNI, o Copom ignorou os parâmetros utilizados pelo próprio Comitê quando da decisão de elevação das taxas de juros no final do ano passado.
– A manutenção da Selic significa, na prática, um endurecimento da política monetária em um momento em que se justificaria um abrandamento do rigor monetário – diz a CNI.
Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o Copom "mais uma vez perdeu excelente oportunidade de estimular o nível de atividades, neste momento em que a crise política, desencadeada pelas lamentáveis denúncias de corrupção".
Em nota à imprensa, Skaf afirma ainda que "é intolerável a teimosia do Copom de manter a escalada dos juros, elevando a extremos a frustração e desrespeitando a inteligência dos brasileiros com explicações que não convencem".
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