O advogado Rogério Buratti, que foi assessor do ministro Antonio Palocci quando ele foi prefeito de Ribeirão Preto pelo PT, está preso em Ribeirão Preto. Ele chegou por volta das 13h30min para depor na polícia da cidade sobre superfaturamento de contratos para a limpeza de lixo na cidade e fraude em licitações, quando recebeu a voz de prisão. Buratti foi advogado da multinacional Gtech e ex-secretário de governo do ministro Antonio Palocci, durante a gestão do então prefeito entre 1993 e 1997. 

O mandado de prisão temporária foi assinado pelo juiz Luiz Augusto Freire Teotônio, de Ribeirão Preto, a pedido dos cinco promotores públicos da cidade que o estão ouvindo na delegacia de polícia da cidade. A ordem de prisão foi expedida com base em documentos obtidos pelos promotores.

Buratti chegou à delegacia acompanhado de um advogado, para prestar depoimento no processo que investiga seu envolvimento com o presidente do grupo Leão Leão, Luiz Cláudio Leão, e outros quatro ex-diretores da empresa. Os executivos e Buratti são acusados de fraudar licitações para a coleta de lixo em Ribeirão e em outras nove cidades do interior de São Paulo, além de municípios do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Buratti já prestou depoimento na CPI dos Bingos, onde negou as acusações contra a empresa.

O Ministério Público possui escutas telefônicas feitas no ano passado com autorização da Justiça que comprovam conversas entre Buratti e os demais investigados. Segundo o promotor Aroldo Costa Filho as conversas comprovam a participação dos quatro em negociações e arranjos ilegais com prefeitos de diversas cidades.