| 16/08/2005 20h43min
Como já havia antecipado seu advogado, o doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, não abriu o jogo nesta terça-feira para os 16 parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios que foram ouvi-lo na capital paulista. O doleiro falou pouco de sua relação com parlamentares e dirigentes do PT e pediu para prestar depoimento em Brasília, onde poderia dar mais informações.
Segundo o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), o doleiro foi categórico ao afirmar que, entre 2002 e 2003, foi procurado por petistas interessados em vender dólares. Toninho da Barcelona também teria citado o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos:
– Ele falou que o ministro Thomaz Bastos poderia ter recorrido a um doleiro para fazer uma operação no Exterior, mas não falou se foi legal ou ilegal. De qualquer forma, não dá para fazer nenhum prejulgamento do ministro – disse ACM Neto, em entrevista à rádio CBN.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) disse que o doleiro contou que não tem informações sobre remessas para o Exterior de dinheiro usado na campanha de 89 de Luiz Inácio Lula da Silva.
Preso em Avaré, interior de São Paulo, onde cumpre pena por evasão de divisas, Toninho da Barcelona foi levado para a sede da Delegacia de Crimes contra a Pessoa Humana (DHPP) especialmente para depor diante dos parlamentares. Segundo seu advogado, Ricardo Sayeg, o doleiro quer contar o que sabe, mas numa sessão da CPI, e desde que tenha direito ao benefício da delação premiada (garantias de redução de pena por colaborar com a Justiça).
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