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 | 16/08/2005 12h40min

Crescem exportações catarinenses em julho

Fiesc, no entanto, é cautelosa na análise desses números

As exportações catarinenses cresceram 3,28% em julho em relação a junho, com US$ 502,2 milhões em negócios fechados. Os números, no entanto, foram recebidos com cautela pela Federação da Indústrias de Santa Catarina (Fiesc): apesar do aumento nas vendas externas no sétimo mês do ano, o índice de crescimento não acompanha a média nacional, que foi de 8,38%.

Com 4,54% dos negócios brasileiros, Santa Catarina caiu para a sétima posição no ranking dos Estados exportadores em julho. De acordo com a análise da Fiesc, a indústria catarinense sente o impacto do câmbio e os altos custos logísticos causados pela deficiência de infra-estrutura para escoamento da produção.

Até o começo de julho, dos R$ 447,8 milhões previstos no Orçamento da União de 2005 para obras de infra-estrutura em Santa Catarina, apenas R$ 6,5 milhões haviam sido pagos pelo governo federal. Isso representa 1,45% dos recursos previstos no Orçamento e apenas 0,96% do total apontado como emergencial para o Estado pelo Fórum Industrial-Parlamentar Sul, composto pelas Federações das Indústrias e as bancadas parlamentares dos três Estados do Sul no Congresso (R$ 676,4 milhões).

O descompasso entre as exportações catarinenses e as nacionais se mantém em relação a julho de 2004: enquanto as vendas do Estado cresceram 14,2%, as do país aumentaram 23%. No acumulado do ano, Santa Catarina registra negócios de US$ 3,15 bilhões, 4,87% do total das exportações nacionais – US$ 64,7 bilhões. O índice de crescimento catarinense, de 20,8%, aproxima-se mais da média nacional, de 23,8%.

De janeiro a julho, a carne de frango foi o produto mais exportado pela indústria catarinense, com negócios de US$ 512,6 milhões, um aumento de 15,04% em relação ao mesmo período do ano passado.

A carne de suíno vem em segundo lugar, com crescimento de 83,99%, seguida de móveis de madeira, motocompressores e motores elétricos.

Completam a lista dos 10 produtos mais vendidos ao exterior as cerâmicas, roupas de toucador, fumo, blocos para motores e portas e alizares. O fumo teve o maior crescimento relativo dessa lista (185,57%).

Os Estados Unidos seguem sendo o maior comprador dos produtos catarinenses. Nos primeiros sete meses do ano, foram realizados negócios de US$ 806,6 milhões, 13,16% a mais que no mesmo período em 2004.

A Rússia vem em segundo lugar, com US$ 333,12 milhões e o maior crescimento relativo entre os 10 maiores compradores (140,13%). Em seguida, vêm Japão, Argentina, Alemanha, Reino Unido, Holanda, França, Espanha e Itália.

 

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