| 15/08/2005 17h44min
Empresários e produtores do setor pecuário do Paraguai projetam duplicar as exportações de carne e aumentar em 60% as vendas de couro dentro dos próximos quatro anos, segundo um plano de competitividade exportadora da mesa setorial de couro e carne. Este acordo foi feito entre o Estado e o setor privado em um evento realizado na Associação Rural do Paraguai (ARP).
O documento foi assinado pelos titulares da Câmara Paraguaia de Carne e da ARP, assim como pelos ministros da Indústria e Comércio, Raúl Vera Bogado, da Agricultura e Pecuária, Gustavo Ruiz Díaz, e da Fazenda, Ernst Bergen.
Bogado disse que as metas estabelecidas no acordo são bastante alcançáveis, como o aumento das exportações, a entrada no mercado da Comunidade Européia, no mercado do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (North American Free Trade Agreement – NAFTA) – México, EUA e Canadá – assim como a consolidação das vendas nos mercados existentes, o melhoramento dos índices de rendimento e o aumento do rebanho, que atualmente é de 10 milhões de cabeças.
Em 2004 o volume de exportação de carne aumentou 62%, enquanto em termos de faturamento o crescimento chegou a 140%.
– Neste ano, as perspectivas são ainda melhores, considerando que as estimativas do setor esperam superar em 50% as exportações do ano passado – disse Bogado.
O presidente da ARP, Alberto Soljancic, destacou que é praticamente um fato a recuperação do mercado europeu, uma vez que se cumpriu em 100% com todas as exigências estabelecidas. Os auditores internacionais virão ao país no mês de maio para realizar os estudos e "somente um acidente muito grande" poderia evitar que não se obtenha a certificação.
O presidente do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos, estimulou os produtores de carne do país a recuperar o mercado europeu para a produção paraguaia.
– O cenário exige criatividade e imaginação, talento e capacidade de integração dos esforços. Por isso, estou aqui para estimulá-los, porque a pecuária, a produção derivada da pecuária, a carne e o couro estão se convertendo em um fator de grande impacto na economia nacional e na entrada de divisas e geração de empregos. É necessário recuperar o mercado europeu.
O presidente disse que o setor privado e o governo têm que manter o status sanitário, a certificação da carne e desenvolver uma tarefa conjunta para seguir liderando os processos da região neste setor.
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