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 | 13/08/2005 19h23min

Presidente do PL nega cobrança de dinheiro do PT

Costa Neto diz que houve acordo para cobrir despesas de campanha

O presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto, divulgou hoje uma nota afirmando que não houve cobrança de dinheiro do PT para fazer aliança política em 2002, mas que foi fechado um acordo para cobrir despesas da campanha da chapa PT-PL. "Tínhamos uma campanha presidencial conjunta e despesas conjuntas. O que eu disse, e é verdade, é que o presidente Lula sabia do acordo em que o PT repassaria recursos para o PL pagar despesas da aliança de 2002. O que eu não podia imaginar é que essas dívidas de campanha seriam pagas depois da posse, e com dinheiro de caixa 2", diz a nota de Costa Neto.

Ontem, a secretaria de Imprensa e Porta-Voz da presidência da República divulgou nota afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente José Alencar participaram apenas de "conversações políticas com vistas à formação da base partidária de apoio à chapa que terminou por vencer as eleições presidenciais daquele ano". Na nota, a presidência descarta o envolvimento de ambos em outras negociações: "Outros assuntos estiveram a cargo dos dirigentes dos partidos envolvidos na formação da aliança vitoriosa".

Em entrevista à revista Época, Costa Neto afirmou que fechou em junho de 2002 um acordo com o então presidente do PT, deputado José Dirceu, e o tesoureiro do partido, Delúbio Soares, para receber R$ 10 milhões. Esse dinheiro, segundo Costa Neto, garantiria o apoio do PL na chapa que concorreu à presidência da República e seria usado para financiar campanhas do partido. Na entrevista, ele afirma que o presidente Lula e o vice-presidente José Alencar sabiam das negociações.

Valdemar Costa Neto renunciou ao mandato no último dia 1º, após assumir que recebeu dinheiro do empresário Marcos Valério de Souza. Valério é acusado pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser o operador de esquema de compra de votos de parlamentares, conhecido como "mensalão". Valdemar, na entrevista, nega a existência do "mensalão" e diz que o dinheiro que ele recebeu de Valério era referente à dívida contraída pelo PT durante a campanha.

As informações são da Agência Brasil.

 

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