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 | 13/08/2005 12h54min

Vagas temporárias de fim de ano devem crescer 8% em SP

Maior parte das contratações deve ser pela indústria

Apesar do risco de a crise política afetar a economia, as perspectivas para o fim de ano prometem reacender o ânimo dos paulistas excluídos do mercado de trabalho. Agências de emprego estão à caça de mão-de-obra para preencher 18,5 mil vagas temporárias formais que devem surgir na indústria, comércio e serviços. Se somadas às informais, o total de postos abertos para o fim do ano tende a ultrapassar 55,6 mil, 8% a mais que em igual época de 2004.

O pontapé nas contratações será dado pela indústria, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e do Trabalho Temporário (Asserttem), Vander Morales. Metalurgia, moda, alimentos e brinquedos – bem como toda cadeia produtiva destes setores – serão os primeiros a convocar os temporários já no final do mês.

– A indústria, por ser mais fiscalizada, já absorveu a cultura de formalizar as contratações, mesmo que os contratos sejam de seis meses.

Cerca de 80% das vagas são destinadas ao comércio, segundo a Gelre, empresa especializada em relações humanas de trabalho. Só na Grande São Paulo a empresa intermediará 6,4 mil vagas. A expectativa da direção é que no fim deste período 20% dos profissionais temporários sejam efetivados.

A gerente de Recrutamento da Gelre, Gerusa Mengarda, estima que a remuneração média dos terceirizados deve variar de R$ 400 a R$ 800. Neste período a procura é maior por profissionais como vendedor, auxiliar de loja, caixa, promotor e demonstrador de produto, degustador, repositor e estoquista.

Jovens com ensino médio completo e disponibilidade de horário têm o perfil ideal para as vagas intermediadas pela empresa. Não é exigida experiência, mas a boa desenvoltura no atendimento ao público será valorizada.

– Grandes lojas e redes de supermercados são responsáveis pelos principais pedidos. Mas também temos um crescimento no mercado de promoções – completa Gerusa.

A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço (Contracs), Lucilene Binsfeld, afirma que o setor de serviços, em especial o ligado ao turismo, também aumentará a demanda por temporários, mas somente a partir de outubro.

As informações são da Agência O Globo.


 

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