| 27/12/2001 22h06min
A súmula do árbitro paulista Alfredo Santos Loebeling referente ao jogo do último sábado entre Figueirense e Caxias, que chegou apenas na tarde desta quinta-feira na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), contraria tudo o que se pensava e se havia dito sobre os incidentes ao final da partida. Tentar provar o que realmente aconteceu no Estádio Orlando Scarpelli é a tarefa dos advogados do Caxias a partir de agora.
O Caxias tenta provar o que todo mundo viu: o time catarinense vencia por 1 a 0 no momento que houve uma invasão ao gramado do Scarpelli quando ainda faltavam dois dos três minutos de acréscimos para encerrar-se o jogo. O próprio Loebeling, em entrevista à Rádio Caxias logo após o tumulto, contradisse o que acabou relatando no papel.
– Existe ainda condição de continuar este jogo? – questionou o repórter.
– Obviamente que não. Fui comunicado pelo policiamento que não. Vou relatar que faltavam dois minutos quando houve uma invasão – respondeu o árbitro.
Apesar da ducha de água fria que a súmula causou, a defesa do clube gaúcho já está armada.
– Só vamos ter um trabalho a mais para desconstituir a súmula. Porém, ela é tão flagrantemente contrária aos fatos que realmente aconteceram que chega a se tornar mais fácil de ser desqualificada. Claro que ela não é boa para nós, mas também possui pontos que podem ser favoráveis. Agora, vamos tentar impugnar a partida para que haja a reversão dos pontos em favor do Caxias – afirmou um dos advogados contratados pelo Caxias, Eduardo Baethgen.
O clube gaúcho tem prazo legal de cinco dias úteis para isso. Ou seja, existem todos os indícios de que a batalha jurídica pela segunda vaga na primeira divisão em 2002 está apenas começando. A direção do Caxias não fez nenhum pronunciamento oficial sobre o conteúdo da súmula do árbitro Alfredo Santos Loebeling. Porém, deixou claro que não é por causa do documento que vai simplesmente esquecer o caso.
– Não vamos recuar em hipótese alguma. Vamos continuar até o fim em busca dos direitos do Caxias – afirmou um dos integrantes do colegiado de administração do clube, Marcos Guerra.
A súmula já está em poder dos auditores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que vão analisá-la. O julgamento do caso ainda não tem data definida para acontecer, provavelmente, na primeira semana de janeiro. Em férias, o árbitro Alfredo Loebeling não quis se pronunciar sobre o conteúdo do documento entregue.
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