| 10/08/2005 14h38min
Durante seu depoimento na sessão conjunta das CPIs dos Correios e do Mensalão, o sócio de Marcos Valério, Cristiano Paz, contou o que levou os sócios da empresa SMP&B a assinar o pedido de empréstimo feito ao Banco Rural em benefício do PT.
– Marcos Valério fez uma reunião e colocou a importância de se aproximar e ter um bom relacionamento com o partido.
O suspeito de ser o operador do mensalão teria dito que todas as agências tinham a preocupação de estar próximo de empresários e que ele queria se aproximar. Foi feito um pedido de empréstimo e Valério, então, consultou os outros sócios.
– Eu assinei em confiança porque achei que deveria assinar – disse.
Ele acrescentou que, a partir de um momento, não avalisou mais os empréstimos. Sobre o pagamentos das somas obtidas nos bancos,
Paz declarou que Valério dizia que não era necessário se preocupar, pois os valores seriam quitados pelo
partido.
O relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio quis saber se havia pressão por parte do Banco Rural pelo não pagamento do empréstimo.
- Eu não tinha ligações diretas com esse assunto do banco. As reuniões que eu tinha no banco eram da minha área. Mas eu sei que o banco tinha estas preocupações.
Sobre como foram feitas as negociações, Paz disse que não participou desta etapa, restrita ao empresário Marcos Valério e aos advogados do banco. Cristiano Paz acrescentou que Valério às vezes fica de duas a três semanas sem passar na empresa, porque tinha que dar atenção às demais empresas que possui.
As informações são da Agência O Globo.
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