A bem-sucedida aterrissagem do Discovery encerrou hoje a difícil missão que representou a retomada dos vôos espaciais tripulados dos Estados Unidos. No entanto, o programa de naves continua suspenso devido aos problemas no lançamento.

– Foi uma missão fantástica e trouxemos a nave de volta e em boa forma – disse sorridente a comandante Eileen Collins, chefe da missão, na pista da base aérea de Edwards (Califórnia), duas horas e meia depois da aterrissagem do Discovery.

As condições meteorológicas em Cabo Canaveral, na Flórida, obrigaram a Nasa a suspender a volta do Discovery duas vezes ontem e mais duas vezes hoje. O diretor da Nasa, Michael Griffin, disse em entrevista coletiva no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, que a missão foi "mais que fantástica, um grande sucesso".

– Foi uma grande conquista – afirmou o diretor de lançamentos de naves, Bill Parson, sobre a viagem que percorreu 219 órbitas da Terra.

A aterrissagem trouxe um grande alívio para a Nasa, dois anos e meio depois da catástrofe do Columbia, que se desintegrou no dia 1º de fevereiro de 2003 quando retornava à Terra. No acidente, sete astronautas morreram.

– Tudo saiu tão bem que estou pensando em renunciar – brincou Griffin. – Acho que (a comandante) Collins deveria ter este cargo: ela é muito mais inteligente, bonita e eficiente do que eu.

Astronautas e executivos da Nasa tiveram muito que comemorar hoje, no fim de uma missão que teve complicações peculiares. No entanto, tanto Griffin quanto Parson alertaram que não podem prever quando haverá outro vôo de uma nave.

Griffin disse que os especialistas e engenheiros estão avaliando uma grande quantidade de informações coletadas com o vôo, "que foi o primeiro passo do retorno dos EUA ao espaço".

 – Mas eu não quero fazer previsões de quando será o próximo vôo – disse o diretor da Nasa. – Se aprendemos algo é que as missões de naves não podem ser realizadas cumprindo um calendário. Voaremos quando estivermos prontos para voar, não quando estiver marcado num calendário.

As informações são da agência EFE.