| 21/12/2001 23h24min
O futuro do Caxias se resume ao jogo desta tarde, às 18h, contra o Figueirense no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. A ótima campanha da primeira fase da Série B, a recuperação espetacular contra o CRB-AL nas quartas-de-finais e a empolgante virada da última quarta-feira diante do Paysandu dão motivos para pensar que o Caxias pode garantir hoje o cobiçado convívio da elite do futebol brasileiro.
Basta um empate para o Caxias jogar em 2002 contra o Corinthians, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Inter, Vasco, Fluminense, São Paulo, Juventude entre outros times de carteirinha do Campeonato Brasileiro.
Trata-se de um dos jogos mais importantes de história do Caxias. Um sucesso hoje torna ainda maior os feitos recentes, como a vitória de 3 a 0 sobre o CRB em 45 minutos, classificando a equipe para o quadrangular final. Ou como na virada de 4 a 3 sobre o Paysandu, depois de estar perdendo por 3 a 0. É possível relacionar também o título gaúcho de 2000 diante do Grêmio em pleno Estádio Olímpico. A vaga no Brasileirão, 22 anos depois da última participação entre os grandes, seria a justa confirmação da recente história de sucesso do Caxias. Tal como o Juventude, o adversário da cidade, o rival que é vizinho.
– Vamos lá para ganhar o jogo, e não para buscar o empate como permite o regulamento. Administrar o jogo significa querer ganhar – afirma o técnico Ernesto Guedes (foto), que quer seu time tirando os espaços do adversário e atacando sempre que possível.
A decisão de Guedes não significa que o time será ousado a ponto de abrir mão da marcação. O meia Cléber quer ver a equipe consistente atrás e veloz na hora de sair ao ataque. Fala também em colocar o "coração na chuteira", que, mais do que um chavão, é a imagem do estado de espírito dos jogadores. O atacante Delmer pede "atenção total". E assim foi o último treino do Caxias.
Um só problema complicou a vida de Ernesto Guedes. O meio-campista Gil Baiano, principal destaque nas últimas partidas, voltou a ser dúvida. Aos 15 minutos do coletivo ele sentiu uma fisgada na panturrilha direita. Mas o seu problema está longe de grave. O médico do clube, o ortopedista Aloir de Oliveira, o examinou e recomendou tratamento com gelo, um indicativo de que a contusão não é grave: se fosse, teria se submetido a uma ressonância magnética. Só uma fratura exposta o tiraria da decisão contra o Figueirense.
O atacante Maurício, com uma lesão muscular na coxa direita, também é dúvida, tem 50% de chances de jogar. Sua ausência seria é um fator complicador porque o centroavante Ciro, também com contusão muscular, segue fora da equipe. Ainda assim, Cléber garante:
– O empate só vai nos interessar a partir dos 40 minutos do segundo tempo.
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