| 02/08/2005 22h27min
O deputado federal José Dirceu (PT-SP) começou sua resposta às perguntas de Gustavo Fruet (PSDB-PR) afirmando que não vê que a crise política pela qual passa o país tenha o tamanho e a abrangência que foi apresentada pelo parlamentar paranaense.
– O objetivo da reforma ministerial foi consolidar aliança com o PMDB, não uma reação à crise política. Temos uma situação grave, mas a Câmara continua votando, o governo não está paralisado, está tomando inicativas de ação governamental – disse Dirceu.
O ex-chefe da Casa Civil afirmou que não vê problema na quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, mas disse que considera uma agressão que isso aconteça sem que haja uma denúncia formal contra ele, ou que ele tenha sido sequer ouvido.
– Minha declaração de Imposto de Renda está em todas as redações de jornal. Os jornalistas afirmam que a CPI enviou para eles listas de depositantes em sua conta, com CNPJs falsos – disse Dirceu, afirmando que os depósitos correspondiam a seus proventos.
Ele confirmou que PT e PL fizeram um acordo ao formalizar a aliança para as eleições de 2002. Segundo Dirceu, foi acordado que a coalizão ficaria responsável pelas despesas de campanha. O ex-ministro disse, no entanto, não saber se houve dívidas nem como os dois partidos decidiram saldá-las:
– Se ficaram dívidas e o senhor Delúbio pagou essas dívidas com essa sistemática que estamos vendo, ele vai responder por isso.
As informações são da Agência O Globo.
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