| 02/08/2005 14h22min
O presidente nacional do PT, Tarso Genro, repudiou hoje qualquer apoio ou avaliação favorável à renúncia de parlamentares integrantes do partido. Tarso afirmou que este tipo de apoio implicaria em pré-julgamento ou em lesão "ao direito de defesa das pessoas apresentarem suas versões".
Outro petista, o deputado Chico Alencar (RJ), da ala à esquerda do partido, manifestou opinião parecida. Segundo ele, renúncia de mandato é confissão de culpa e malandragem política. O deputado informou que irá defender na reunião executiva nacional do partido que o PT negue legenda no ano que vem a quem renunciar ao mandato.
– Não acredito que ninguém do PT renuncie. Isso nunca ocorreu no PT. Se alguém fizer isso, não deve ter legenda para se candidatar no ano que vem. Fazer isso é apostar na falta de memória do povo. Nós do partido sempre condenamos a renúncia como a de Jader Barbalho (PMDB-PA) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). A renúncia só é valida como uma opção para abandono da vida pública e não como expediente e prática eleitoreira – afirmou.
Segundo informações do site do PT, o presidente do partido teria feito vários telefonemas na noite de segunda para desmentir as informações que circularam de possíveis renúncias de parlamentares petistas, como o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). Tarso Genro diz que qualquer parlamentar que optar pela renúncia ao mandato o fará "de foro íntimo do parlamentar, sem passar pelas instâncias do partido”.
As informações são da agência O Globo.
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