| 25/07/2005 15h04min
O temor de uma piora da crise política continua a impor perdas ao mercado financeiro nos negócios desta tarde. Às 14h41m, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caía 2,72% e o dólar subia 1,37%, cotado a R$ 2,429 na compra e R$ 2,431 na venda. Apesar do mau humor, o risco-país brasileiro oscila em torno da estabilidade e marca 415 pontos centesimais (queda de 1 ponto).
O desempenho negativo é atribuído a uma percepção de que a crise política pode se estender ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja imagem começa a mostrar desgaste. O mercado especula com a possibilidade de surgirem denúncias contra Lula ou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Em meio às incertezas, tesourarias bancárias reduzem a exposição ao risco.
As notícias do cenário econômico são acompanhadas de perto, mas têm ficado em segundo plano nas decisões do mercado. No início do dia, o Boletim Focus mostrou que os investidores reduziram pela décima semana consecutiva a expectativa da inflação para este ano.
O superávit comercial confirmou estimativas da última semana e teve uma queda significativa, ficando em US$ 343 milhões. Essa queda já estava sendo prevista por operadores na semana passada, devido à queda na participação dos exportadores no mercado.
– As notícias do cenário econômico influenciam, mas não são o principal foco do mercado. O que a gente está sentindo aqui é que o mercado está acordando para o risco de a chamada blindagem do presidente estar enfraquecida – disse Luiz Antônio Abdo, da corretora Pioneer.
Entre as 55 ações do Índice Bovespa são de Copel PNB (-7,05%) e Eletropaulo PN (-7,01%). As únicas altas do índice são de Aracruz PNB (+1,15%), Embraer PN (+0,86%) e Telesp Celular Participações PN (+0,49%).
As informações são da Agência O Globo.
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