| 18/07/2005 15h49min
O presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush, reiterou hoje que qualquer pessoa que tiver cometido um crime em seu Governo será despedida.
– Se alguém cometeu um crime não continuará trabalhando para o meu Governo – disse o presidente durante entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, de visita oficial em Washington.
Trata-se das primeiras declarações de Bush desde que se descobriu que seu principal assessor político, Karl Rove, falou com vários jornalistas sobre a identidade da agente secreta da CIA Valerie Plame. Bush tinha afirmado no ano passado que o delator seria despedido.
O presidente se recusou a dar mais informações ao afirmar que há uma séria investigação em curso sobre este caso, que desconhece todos os detalhes e que está à espera de virem à tona. Nos EUA é crime revelar, com pleno conhecimento, a identidade de um espião, o que fez com que se abrisse uma investigação para determinar se cometeu um crime.
Espera-se que o promotor especial Patrick Fitzgerald determine se houve crime em outubro próximo, quando deve terminar o trabalho do júri designado para este caso.
O nome de Valerie Plame foi publicado pela primeira vez em julho de 2003 em uma coluna do jornalista Robert Novak. O marido de Plame, o ex-embaixador Joseph Wilson, tinha criticado poucas semanas antes os motivos dos Estados Unidos para empreender uma guerra contra o Iraque, ao afirmar que não existiam provas de que Saddam Hussein tivesse tentado comprar urânio em Níger.
Bush utilizou esse argumento em seu discurso sobre o Estado da União em janeiro de 2003 como um dos motivos para respaldar a intervenção no Iraque. Wilson disse em artigo de opinião publicado no jornal The New York Times que o vazamento do nome tinha sido uma represália do Governo.
As informações são da Agênica EFE.
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