As três bombas deixadas na quinta-feira no metrô de Londres explodiram quase que de forma simultânea, confirmou neste sábado o subcomissário da Scotland Yard, Brian Paddick.

– As três bombas colocadas no metrô de Londres explodiram com segundos de diferença ao redor das 8h50min (4h50min de Brasília) – informou Paddick, que baseou a revelação em novos dados técnicos e nos depoimentos de algumas das testemunhas.

Em entrevista coletiva o subcomissário da polícia de inteligência britânica disse que transcorreram "cinqüenta segundos" entre cada detonação, ao mesmo tempo que indicou que "a investigação continua", sem entrar em detalhes sobre os possíveis autores do massacre.

Paddick disse, além disso, que as bombas estavam compostas por cerca de 4,5 quilos de explosivos que "não são de fabricação caseira".

Os atentados deixaram mais de cinqüenta mortos, segundo a última contagem oficial, mas a cifra pode aumentar porque ainda há vítimas dentro dos trens. O subcomissário da polícia de transporte britânica, Andy Trotter, explicou que os trabalhos de resgate prosseguem sob "difíceis condições" no trem sinistrado entre as estações de King's Cross e Russell Square, em plena capital.

– As condições são difíceis. Faz muito calor e há muita poeira lá embaixo – assinalou Trotter, ao ressaltar que a busca pelos corpos está sendo feita de forma "lenta e meticulosa".

O responsável pela polícia de transporte advertiu que "passará algum tempo antes de ser completado o trabalho" no trem em questão.

Trotter se referiu também ao ônibus no qual uma bomba matou 13 pessoas e revelou que o teto, arrancado pela explosão, foi retirado do lugar da tragédia para ser examinado pelos especialistas. Também foram recolhidas impressões digitais na zona do ataque contra o ônibus, que aconteceu na praça de Tavistock, perto do conhecido Museu Britânico, no centro de Londres.

As informações são da agência EFE.