| 06/07/2005 17h15min
O deputado federal Carlos Rodrigues (PL-RJ) negou hoje, em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, ter dado início a um suposto esquema de mensalão na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Com a declaração, Rodrigues desmente acusação feita pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Emocionado, Rodrigues interrompeu suas declarações duas vezes e chorou ao lembrar a perda do cargo de bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, por causa da suspeita de participação no caso Waldomiro Diniz, o esquema de arrecadação ilegal de recursos de publicidade da Loterj, lembrando que foi inocentado da acusação pelo Ministério Público.
Bispo Rodrigues afirmou que esteve no máximo dez vezes na Alerj, apenas em eventos comemorativos, já que nunca foi eleito deputado estadual. O parlamentar garantiu nunca sequer ter ouvido falar em mensalão ou qualquer tipo de pagamento de propina a deputados,
classificando a acusação de absurda. Ele
também disse que não conhece o secretário-geral licenciado do PT, Sílvio Pereira, nem o publicitário Marcos Valério, acusado de operar o suposto esquema de mensalão na Câmara dos Deputados.
No depoimento, Rodrigues admitiu ter se encontrado com o tesoureiro afastado do PT, Delúbio Soares, durante a campanha presidencial em 2002. Ele revelou ter ido diversas vezes à sede do PT em São Paulo para tratar da organização de eventos evangélicos de apoio à candidatura de Lula. Bispo Rodrigues reconheceu um único encontro posterior com Delúbio Soares, quando este pediu apoio da Igreja Universal ao candidato socialista nas eleições de Moçambique.
As informações são da agência O Globo.
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