| 05/12/2001 21h47min
Apesar da vitória obtida na terça-feira na Câmara dos Deputados, o governo não terá condições de garantir este ano a aprovação pelo Senado do projeto de lei que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O principal obstáculo à aprovação se encontra na base do governo. O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse ao presidente Fernando Henrique Cardoso que sua bancada se recusa a assinar o pedido de urgência urgentíssima para que a proposta possa ir diretamente para o plenário.
Na Câmara, o partido não aceitou fazer nenhum acordo e, na votação decisiva – vencida pelo governo por uma diferença de 51 votos – deu 57 votos contrários à proposta. Mas isso não significa que os 24 senadores do PMDB vão manter a atitude rebelde.
Mesmo com a urgência constitucional pedida pelo governo, as mudanças na CLT só deverão começar a ser votadas em março. Antes, o projeto terá de passar por duas comissões – a de Constituição e Justiça e a
de Assuntos Sociais – antes de seguir para
o plenário.
– Queremos debater essa proposta de mudança da CLT e não aceitamos conceder a urgência – disse Calheiros depois do encontro com FH, do qual participaram os líderes dos demais partidos da base do governo na Câmara e no Senado e o secretário-geral da Presidência, Arthur Virgílio.
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