| 30/06/2005 15h53min
O empresário Alexandre Vasconcelos deve prestar depoimento nesta tarde na Polícia Federal em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Vasconcelos é apontado como responsável por realizar saques nas agências do Banco Rural em nome da agência de publicidade SMP&B, da qual Marcos Valério é sócio. Vasconcelos é dono da Express, empresa de cobrança e factoring, especializada neste tipo de serviço.
Entre ontem e hoje, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias de corrupção nos Correios pediu a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal de Marcos Valério e das empresas de que ele participa como sócio. O interesse da CPI por Valério é justificado pelo fato de as empresas dele serem responsáveis por contratos de publicidade com os Correios. O depoimento de Vasconcelos será tomado pelo delegado Cláudio Ribeiro, que viajou de Brasília para Belo Horizonte.
A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Capital (MG) está
analisando documentos que
comprovam saques acima de R$ 100 mil das empresas DNA e SMP&B, do publicitário Marcos Valério. De acordo com documentos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), R$ 20,9 milhões teriam saído das contas das empresas de Valério entre julho de 2003 e maio de 2005.
Os documentos foram entregues pelo Coaf ao Ministério Público de Minas Gerais na semana passada. Desde 1993, todos os saques em contas bancárias acima de R$ 100 mil devem ser informados ao Coaf. A medida foi criada para combater a lavagem de dinheiro.
Em depoimento no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, o deputado Roberto Jefferson afirmou que Marcos Valério era operador do suposto esquema de mesadas a parlamentares. Valério era o portador de R$ 4 milhões em dinheiro que o PT teria entregado ao PTB.
As informações são da Agência Brasil.
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