| 30/11/2001 07h48min
Depois de ameaçar vetar a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o presidente Fernando Henrique Cardoso mudou de posição e avisou aos líderes dos partidos aliados que aceitará o reajuste de 20% nas faixas de contribuição, medida que beneficia os assalariados mas reduz a arrecadação. Em contrapartida, os deputados terão de concordar com cortes de R$ 3,5 bilhões no Orçamento Geral da União para o próximo ano. As indicações de que o governo cederia surgiram no Congresso, na manhã de ontem, dia 29. O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), disse ter recebido a garantia de Fernando Henrique de que não vetaria o reajuste. Segundo o deputado, a promessa foi feita num telefonema do presidente para o cumprimentar pela defesa do projeto que muda a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Conforme relato de Inocêncio, Fernando Henrique teria dito que a base governista precisará abdicar de emendas ao Orçamento da União para atender às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O presidente, sempre de acordo com Inocêncio, pediu-lhe que desistisse da correção da tabela do Imposto de Renda, mas o deputado respondeu que tinha avançado demais e não tinha como recuar. O presidente teria prometido pedir aos auxiliares que negociem o projeto com os líderes da base governista. Mais tarde, o líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP), confirmou a nova posição do Planalto.
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