| 23/06/2005 23h46min
A comissão especial externa do Senado Federal que investiga denúncias de corrupção em Rondônia ouviu hoje deputados federais acusados de cobrar mensalão em troca de apoio a projetos do Executivo.
Beto Do Trento (PSDB), Everton Leoni (PSDB), Neodi de Oliveira (PL), Marcos Donadon (sem partido) e o ex-deputado Expedito Júnior negaram envolvimento no esquema denunciado pelo governador de Rondônia, Ivo Cassol, que divulgou fitas de vídeo à imprensa com o registro das negociações.
– Os deputados negam, mas as fitas são contundentes – avalia o relator da comissão, senador Demóstenes Torres (PFL-GO).
De acordo com Torres, na próxima terça, serão ouvidos os deputados estaduais Renato Veloso (PFL) e Haroldo Santos (PP), também acusados de receber mensalão em Rondônia. Em seguida, os senadores pretendem promover uma acareação entre o deputado Ronildo Capixaba (PL), o ex-deputado Expedito Júnior e o empresário Áureo Amaral.
A acareação terá como objetivo esclarecer a propriedade da empresa de segurança suspeita de ajudar o governo a pagar a propina. Outra frente de investigação será a folha de pagamentos do governo estadual. A comissão do Senado suspeita da existência de funcionários fantasmas e aprovou requerimento para pedir o envio da folha.
O senador informou que o governador será ouvido e também será feita uma diligência em Rondônia. Segundo Torres, no relatório a ser encaminhado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), poderá ser sugerida "a cassação de deputados e até mesmo do governador, que aparentemente não atuou só de forma passiva no esquema de corrupção".
As informações são da Agência Brasil.
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