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 | 03/06/2005 18h31min

PCC tem mais de 30 ramificações no Rio Grande do Sul

Estado é uma das principais rotas de entrada de armas do país

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas da Câmara dos Deputados confirmou nesta sexta, dia 3, que existem mais de 30 ramificações do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Rio Grande do Sul. O PCC é uma facção criminosa de presídios paulistas.

Nesta sexta, a CPI ouviu uma testemunha encapuzada, que confirmou o Rio Grande do Sul como uma das quatro principais rotas de entrada de armas e munições do país – e a principal no que diz respeito à qualidade dos armamentos, que vêm da Argentina e Uruguai.

Um exemplo citado foi a prisão de um homem na noite de quinta, em Porto Alegre, com munição, uma pistola 45 e uma espingarda calibre 12. Ele estava em um ônibus que vinha da Fronteira e carregava o material enrolado em folhas de jornal argentino.

O presidente da CPI, deputado Moroni Torgan, afirmou que as ramificações atuam em pontos diferentes do Estado, e que fazem parte delas empresários, autoridades e comerciantes. O parlamentar disse que o Rio Grande do Sul vem sendo a entrada de armas para o PCC há cerca de três anos. A comissão anunciou que vai pedir a quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico de 20 pessoas, a maioria do Estado gaúcho.

A CPI aponta ainda a falta de fiscalização nas fronteiras e a facilidade que a legislação brasileira oferecer para a compra de armas e munição. Durante a tarde, a CPI traçou linhas de investigação com a polícia e, depois de ir para o Paraná e Rio de Janeiro, deve voltar ao Estado gaúcho. Não há data para o retorno. Os trabalhos da CPI do Tráfico de Armas vão até metade de 2006.

As informações são da Rádio Gaúcha.

 

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