| 01/06/2005 11h40min
Apesar dos avanços nos últimos anos nas áreas de educação e combate à pobreza, o Brasil continua a ter uma das piores distribuições de renda do mundo, perdendo apenas para Serra Leoa, na África. Os dados foram apontados por um estudo divulgado, nesta quarta, dia 1°, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O instituto, ligado ao Ministério do Planejamento, apontou que 1% dos brasileiros mais ricos detêm uma renda equivalente aos ganhos dos 50% mais pobres. O Ipea indicou que para avançar no combate à desigualdade é preciso alcançar um nível de crescimento econômico e um modelo de desenvolvimento que viabilizem a inserção da população no mercado de trabalho, além das ações sociais.
– Pode-se dizer que os maiores desafios das políticas públicas hoje são a geração de oportunidades de trabalho, a redução da informalidade e a melhoria da renda real do trabalhador – afirmou.
Em 2003, a taxa de desemprego no Brasil foi de 10%, comparando-se a 6,2% no mundo e 8% na América Latina e Caribe, de acordo com o estudo. O índice no país em 1995 era de 6,2%. O levantamento chamado de Radar Social ressaltou, contudo, uma redução no número de pobres no país e apontou como causas dessa melhora a estabilização econômica, a ampliação de políticas sociais e o aumento do valor real do salário mínimo.
– Em que pese o elevado número de pobres no país, é possível afirmar que ele diminuiu, ao menos no período entre 1993 e 1996 – destacou o relatório.
O instituto pretende divulgar o Radar Social – que também destaca as ações do governo – a cada dois anos a partir desse primeiro lançamento.
As informações são da agência Reuters.
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