| 31/05/2005 16h14min
O Ministério Público denunciou nesta terça, dia 31, cinco pessoas ligadas a um matadouro de Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, pelos crimes de formação de quadrilha, sonegação fiscal e porte ilegal de armas. Além da falta de controle sanitário, o matadouro teria comercializado cerca de 40 toneladas de carne clandestina.
As condenações foram motivadas por investigação realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito das Carnes conduzida em 2003 pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. A CPI indiciou 30 pessoas, e o Ministério Público já denunciou 18, sendo que uma delas está foragida e tem prisão preventiva decretada. A investigação constatou que em 2003 pelo menos 60% do abate realizado no Estado foi feito de forma clandestina.
O promotor Áureo Gil Braga, responsável pela Promotoria de Combate aos Crimes contra a Ordem Tributária, afirma que as investigações vão continuar. O deputado Jerônimo Görgen, do PP, destaca que apenas em
2003 o Estado deixou de
arrecadar R$ 130 milhões em impostos com o abate clandestino de carne.
Em contrapartida, após as investigações o roubo de gado diminui 18% no Estado. Grande parte da carne clandestina no vinha do Uruguai e era comercializada nas regiões central e da fronteira. Entre os denunciados também aparecem abigeatários. Outras denúncias envolvem abate irregular, evasão de divisas, desperdício de dinheiro público, indústria de notas frias e falta de fiscalização sanitária.
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