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 | 27/05/2005 15h12min

Bolivianos voltam a bloquear estrada que liga La Paz a El Alto

Professores protestam depois da trégua no feriado de Corpus Christi

O bloqueio da estrada que liga La Paz a El Alto e a ameaça de novas manifestações perto da sede do governo e do Congresso da Bolívia romperam nesta sexta, dia 27, a trégua de um dia dada pelos sindicatos.

Após a calma de quinta, dia 26, quando os cidadãos celebraram o feriado de Corpus Christi, desde o começo da manhã dezenas de professores fecharam com pedras a estrada de 12 quilômetros da estrada que une La Paz a El Alto.

Os professores estão em greve desde segunda, dia 23, quando começaram os protestos para exigir uma Assembléia Constituinte e a nacionalização da exploração do gás natural e do petróleo, controlada por empresas multinacionais.

O comandante da polícia de La Paz, Hernán Jaimes, informou à imprensa que os manifestantes apedrejaram um posto de cobrança de pedágio da estrada e agrediram seus empregados. Ele esclareceu, no entanto, que a comunicação entre ambas as cidades é possível por outras duas estradas principais, o que permite os deslocamentos de La Paz para o resto do país.

A rodoviária de La Paz retomou na quinta suas atividades após permanecer inativa por três dias devido à greve geral em El Alto, onde a adesão é parcial.

Nesta outra cidade, onde só alguns distritos aderiram à paralisação de quinta-feira, hoje "moradores estão bloqueando vários setores" desde o começo da manhã desta sexta, disse o chefe de polícia.

O sindicato da Administração Autônoma de Serviços Subordinados à Navegação Aérea (AASANA) comunicou que o aeroporto internacional, situado nesta cidade, funciona normalmente, embora hoje tenha sido necessário recorrer ao serviço de emergência dadas as dificuldades de alguns trabalhadores para chegar ao local.

Para as próximas horas são espedas manifestações no centro de La Paz. O governo boliviano tenta fazer contatos com os líderes sociais para conseguir um acordo que ponha fim no conflito.

As informações são da agência EFE.

As imagens dos protestos na Bolívia.

 

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