| 22/05/2005 22h54min
A greve convocada na cidade de El Alto e a chegada a La Paz de uma marcha camponesa nesta segunda, dia 23, iniciam mais uma semana de protestos na Bolívia, onde os manifestantes pedem até estatizar o gás e convocar uma Assembléia Constituinte.
Os líderes das manifestações, o dirigente da Federação de Associações de Moradores (Fejuve), Abel Mamani, e o deputado indígena Evo Morales, confirmaram no domingo que os protestos não pretendem criar um ambiente desestabilizador contra o governo do presidente Carlos Mesa.
Segundo Mamani, o objetivo da greve é pressionar o Executivo a dar passos concretos em direção à "recuperação dos hidrocarbonetos" no país e à convocação da Constituinte este ano. As duas reformas fazem parte da denominada "agenda de outubro" e foram colocadas após a renúncia do presidente Gonzalo Sánchez de Lozada em outubro de 2003, e depois assumidas por Mesa. A Fejuve, cuja força de convocação foi provada em outros conflitos, pediu que as mobilizações sejam pacíficas para evitar choques com a polícia.
Na outra frente de protestos, Evo Morales afirmou que liderará "os milhares" de manifestantes que entrarão em El Alto e depois em La Paz, após uma semana de caminhada pelo planalto. Esses manifestantes propõem um arrocho do regime tributário aprovado na semana passada no Parlamento para as empresas petrolíferas que operam no país, além da convocação da Constituinte. Morales disse que também não querem "o fechamento do Congresso, nem a renúncia do presidente Mesa".
As informações são da agência EFE.
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