| 09/11/2001 22h42min
Milhares de pessoas que ocuparam de forma compacta o trecho da Rua Duque de Caxias, em frente à Catedral Metropolitana e ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, se manifestaram, nesta sexta-feira, em solidaridade ao governador Olívio Dutra. Até as 21h50min, alguns dos principais líderes nacionais e estaduais do PT, do PCB, do PC do B e do PSB haviam usado o microfone do palanque montado em frente à Catedral para defender Olívio e o governo do Estado das acusações surgidas nas sessões surgidas na CPI da Segurança Pública. – Quem são eles (os parlamentares da oposição) para nos dar lição de ética? – perguntou o vice governador Miguel Rossetto, um dos mais aplaudidos do ato. A presença de parlamentares e prefeitos do PT foi maciça. O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, foi um dos primeiros a chegar à Praça da Matriz no final da tarde. – A relação do PT com Clube de Seguros da Cidadania se tornou desgastada politicamente a partir da divulgação da fita com conversas de seu presidente, Diogénes de Oliveira. Mas a CPI não apurou nada de ilegal e vai se tornar cada vez mais um palanque eleitoral – disse Tarso. O presidente de honra do PT e orador mais aguardado da noite, Luiz Inácio Lula da Silva, ouviu atentamente todos os discursos. Em coletiva no final tarde, na sede estadual do PT, Lula havia deixado a maior parte das respostas a cargo do presidente nacional do PT, José Dirceu, e do presidente estadual da sigla, Julio Quadros. Ele garantiu que o PT vai apurar as denúncias.
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