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 | 19/05/2005 10h17min

Safra poderá atingir 116,341 milhões de toneladas em 2005

Sul apresenta uma redução de 18,19% em relação a 2004

A quarta estimativa da safra nacional de 2005 aponta para uma produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 116,341 milhões de toneladas, contra os 119,369 milhões de toneladas obtidas em 2004. Os estimativas foram divulgadas, nesta quinta, dia 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se de uma redução de 2,54% em relação à safra de 2004, e de 2,63% em comparação à estimativa de março.

Em relação a 2004, observa-se um acréscimo de 0,91% (48 milhões de hectares) na área plantada. A região Sul, que participa com 34,34% da produção nacional (39,956 milhões de toneladas), apresenta uma redução de 18,19% em relação a 2004 .A queda é resultado da estiagem que atingiu a área.

A região Centro-Oeste, que responde nesta safra por 37,31% da produção total (43,409 milhões de toneladas), apresenta acréscimo de 8,57% em relação a 2004. As regiões Norte, Nordeste e Sudeste, responsáveis, respectivamente, por 3,47% (4,037 milhões de toneladas), 9,05% (10,530 milhões de toneladas) e 15,82% (18,409 milhões de toneladas) apresentam, na mesma ordem, aumentos de 13,52%, 12,65% e 4,34%.

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de abril, destacam-se as variações nas estimativas de produção, comparativamente ao mês de março, de três produtos: feijão em grão 2ª safra (4,39%), milho em grão 2ª safra (-17,81%) e Soja em grão (-2,30%).

A variação positiva verificada na estimativa de produção do feijão 2ª safra, deve-se às primeiras informações do estado da Bahia, o qual apresenta para esta temporada, acréscimos de 38% na produtividade e 31% na produção esperada, considerando a diminuição de 5% na área plantada em relação ao mês de março. Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, Estados produtores de feijão, apresentam, respectivamente, decréscimos de 49% e 12% nas suas produções em conseqüência ao longo período de estiagem sofrido pelos seus principais municípios produtores de feijão.

A carência de chuva também afetou o milho 2ª safra. Observam-se significativas retrações na produção estimada para este mês no Paraná (-26%), Mato Grosso do Sul (-55%) e Goiás (-7%), sendo aguardadas produções de 2,3 milhões de toneladas, 840 mil toneladas e 650 mil toneladas, respectivamente.

Fenômenos meteorológicos – deficiência hídrica no período vegetativo e reprodutivo da cultura e chuva no período de colheita – também foram responsáveis pela queda na produção da soja em abril. Os efeitos negativos destas condições climáticas foram verificados com mais ênfase na redução da produção dos estados do Paraná (-2,5%), Rio Grande do Sul (-14,8%) e Mato Grosso do Sul (-10,3%), sendo agora aguardadas produções de 9,3 milhões de toneladas, 2,6% milhões de toneladas e 3,8 milhões de toneladas, respectivamente. Observa-se que a colheita dos produtos de 1ª safra encontra-se praticamente concluída.

Com referência ao milho da 2ª safra, que juntamente com as culturas de inverno são acompanhadas nessa época do ano, verifica-se uma retração de 22% na produção aguardada e de 10% na área destinada ao milho neste segundo período de plantio. Uma das principais causas para esses decréscimos, foi a falta de chuvas na época recomendada para o plantio. O risco climático é muito grande, quando plantado fora do período. São também relevantes as geadas na região Sul e no Mato Grosso do Sul e os prolongados intervalos entre precipitações da região Centro-Oeste.  As maiores diminuições são verificadas no Paraná (-32%), Mato Grosso do Sul (-55%) e Goiás (-37%), com produções de 2,3 milhões de toneladas, 840 mil toneladas e 650 mil toneladas, respectivamente. Por conseguinte, espera-se para 2005 um montante de 8,332 milhões de toneladas, contra 10,665 milhões de toneladas colhidas em 2004, neste mesmo período de produção.

Quanto ao trigo, a 1ª estimativa para 2005, excetuando-se o Rio Grande do Sul, que por razões de calendário agrícola, ainda não consolidou a semeadura, indica uma produção da ordem de 5,7 milhões de toneladas, ligeiramente menor em 1,30% que a safra obtida em 2004. O Paraná, maior produtor nacional, e com uma participação de 55% do trigo produzido no país, espera colher um volume de 3,2 milhões de toneladas, 4,4% a mais do que 2004. Nos demais Estados, onde o trigo tem menor importância, as variações na produção são as que se seguem: Minas Gerais (-39%), São Paulo (-7%), Mato Grosso do Sul (-43%) e Goiás (-93%). Esses decréscimos da produção estão relacionados a menor área plantada em função dos preços não serem considerados satisfatórios pelos produtores.

As informações são do IBGE.


 

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