Depois de ouvir as preocupações do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, sobre Israel descumprir acordo para libertação de prisioneiros palestinos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu paciência para enfrentar os problemas na região.

Segundo o assessor para Assuntos Internacionais do presidente, Marco Aurélio Garcia, Lula fez um relato da experiência política que ganhou em 13 anos antes de ser eleito presidente para sugerir aos palestinos que tratem os 57 anos de negociação com Israel com "tranquilidade".

– O presidente Lula fez o elogio da paciência. E disse que apreciava muito o fato dos palestinos, a partir das dificuldades que enfrentaram na vida, terem refletido sobre ela e estejam mais empenhados no esforço da paz – afirmou Marco Aurélio nesta segunda, dia 9, a jornalistas.

No diálogo de 40 minutos, que ocorreu no Palácio do Planalto, Lula reiterou que o Brasil defende a idéia da existência dos Estados de Israel e da Palestina para viverem com harmonia e ofereceu a disposição do Brasil em cooperar em projetos educacionais e técnicos, mas não entrou em detalhes.

O encontro teve como tema central, segundo o assessor especial da Presidência, a situação na região. O presidente palestino aproveitou para enfatizar suas preocupações em relação libertação de 400 prisioneiros políticos palestinos em prisões israelenses e ao fato de novos assentamentos israelense estarem sendo levantados na Faixa de Gaza.

Israel planeja a retirada de tropas e de assentamentos em Gaza para acelerar o processo de paz com os palestinos, mas o primeiro-ministro Ariel Sharon adiou o início para meados de agosto, para evitar conflitos durante um período judaico de luto, o Tisha B'av. Os judeus mais devotos não mudam de casa durante esse período. O período de luto termina em 14 de agosto.

– O presidente Abbas mencionou que a despeito de não estar plenamente resolvido este tema houve uma redução substancial da violência em quase 90% do clima de violência que existia anteriormente – afirmou Garcia.

As informações são da agência Reuters

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