| 03/04/2005 22h30min
Os cardeais da Igreja Católica reúnem-se na segunda, dia 4, pela primeira vez desde a morte do papa João Paulo II para organizar o funeral que deve atrair o maior número de peregrinos e de chefes de Estado da história do Vaticano. O corpo do papa, que morreu no sábado encerrando um período histórico mas também divisor da Igreja que durou 26 anos, será levado para a Basílica de São Pedro na segunda-feira para o início da visitação pública.
A notícia da morte de João Paulo fez com que os cardeais acelerassem suas viagens a Roma, já com suas mentes dominadas pela proximidade do conclave esperado para o final deste mês que vai eleger o homen que comandará a Igreja de 1,1 bilhão de fiéis.
O cardeal Theodore McCarrick, dos Estados Unidos, afirmou ao deixar Washington neste domingo que os próximos dias carregarão uma "extraordinária responsabilidade".
– É aterrador. E de uma maneira muito especial, você tem que se preparar para enfrentar – afirmou a jornalistas.
Cerca de 200 mil pessoas estiveram na praça de São Pedro neste domingo para ouvir trechos escritos pelo papa lidos em um réquiem (missa póstuma). Dentro do Vaticano, o corpo do papa, vestido em branco e vermelho, foi mostrado ao mundo pela TV do Vaticano. Em sua face era possível ver sinais do sofrimento físico pelo qual passou nos últimos dias.
Auxiliares do papa, cardeais, bispos, freiras, dignatários e empregados do Vaticano passaram pelo homem que seviram e amaram por mais de 25 anos. Milhares de pessoas são esperadas para verem o papa na Basílica até a próxima sexta, dia 8, quando deverá ocorrer o enterro. As autoridades romanas estão esperando cerca de dois milhões de pessoas, e mais de cem chefes de Estado, no maior evento do tipo que a cidade já testemunhou.
As informações são da agência Reuters.
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