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 | 28/03/2005 14h03min

Governo renegociará dívida de agricultores atingidos pela seca

Ministro informou que deve investir R$ 1 bi no Programa de Agricultura Familiar

O governo vai alongar a dívida dos agricultores gaúchos que tiveram perdas com a estiagem no sul do país, uma das piores dos últimos 40 anos. Serão renegociados R$ 3,5 bilhões com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dos quais R$ 2 bilhões referentes ao programa Moderfrota (destinado à modernização da frota de tratores) e R$ 1,5 bilhão do Finame-Especial (que financia a compra de máquinas e equipamentos).

Pela negociação, as dívidas de investimentos (compra de máquinas, equipamentos e veículos)que vencem este ano só começam a ser pagas pelos produtores dos municípios onde foi declarado estado de calamidade pública após a última parcela dos empréstimos feitos junto ao BNDES.

Com relação ao custeio da safra de verão (compra de sementes e insumos), o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse que o Banco do Brasil já está negociando a dívida dos agricultores dos municípios onde a produção caiu mais de 50% por causa da seca. Neste caso, os agricultores devem pagar este ano apenas 20% do total da dívida e o restante será negociado entre três e cinco anos.

Para minimizar os prejuízos no sul do país, o ministro informou que o governo deve investir cerca de R$ 1 bilhão no Programa de Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para a compra de cestas básicas para pequenos produtores da região sul do país. Roberto Rodrigues acrescentou que está negociando com o Ministério da Fazenda a liberação de R$ 300 milhões para financiar as cooperativas.

Outra medida que está sendo negociada é a alocação de recursos do Orçamento, dentro das Operações Oficiais de Crédito, em que o governo garante a aquisição de produtos, leilões e escoamento de produção, de forma a tirar a pressão de venda dos estados produtores e aliviar a comercialização dos produtos que tiveram safra recorde. Roberto Rodrigues participou da abertura do 5º Seminário Internacional do Café 2005, que reúne no Rio cafeicultores e representantes de associações e da indústria cafeeira.

As informações são da Agência Brasil.


 

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