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 | 26/03/2005 18h11min

Em jogo tumultuado, tricolor empata em Pelotas

Grêmio e Brasil-Pe voltam a se enfrentar na próxima terça, no Olímpico

Em uma partida conturbada, o Grêmio empatou em 1 a 1 com o Brasil-Pe na tarde deste sábado, dia 26, em Pelotas, pela terceira rodada da segunda fase do Gauchão. Tiago Prado, aos 28 minutos do segundo tempo, abriu o placar para o tricolor. Dois minutos depois, Tiago Rodrigues empatou para a equipe de Pelotas. Com o resultado, o Grêmio soma cinco pontos na Chave 4 e segue na briga por uma vaga nas finais do Gauchão. Já o Brasil, com apenas um ponto, está praticamente eliminado do Estadual.

Como se previa, o confronto entre Brasil-Pe e Grêmio foi tenso, principalmente dentro de campo. O aparato de segurança montado pela Brigada Militar e pela direção do Brasil conseguiu evitar maiores transtornos nas imediações do Estádio Bento Freitas. Contudo, dentro de campo o clima foi bem diferente. Na segunda etapa, a partida foi interrompida por mais de três vezes. Ao término do jogo, declarações dos dirigentes dos dois clubes aumentaram o clima de guerra criado para a partida da próxima terça, pelo returno, em Porto Alegre.

A primeira etapa foi de péssimo nível técnico, pois tanto Grêmio quanto Brasil criaram pouquíssimas chances de gol. Com os dois times dividindo todas as bolas, o jogo ficou truncado, restrito à zona central do gramado. Precisando da vitória para continuar vivo na competição, o Brasil teve mais ímpeto ofensivo. Aos nove minutos, Rudi cabeceou sobre o gol de Márcio. Já o Grêmio criou apenas uma chance de gol, com Somália, aos 18 minutos. O atacante gremista deu uma meia-lua no zagueiro xavante e chuto cruzado no canto esquerdo. Marcelo Pitol espalmou para escanteio.

Na volta do intervalo, o Grêmio voltou um pouco mais ousado. Logo aos cinco minutos, uma boa troca de passes do ataque gremista deixou Marcinho livre na ponta esquerda. O lateral invadiu a área do Brasil e chutou uma bola cruzada, raspando a trave de Pitol. Um minuto depois, veio a resposta do Brasil. Jé cruzou na área e Alê Menezes cabeceou certeiro, no canto esquerdo. Márcio, mais um vez, fez uma defesa espetacular e evitou o gol. Na seqüência, o goleiro gremista bateu a cabeça no poste de forma violenta, ficando desacordado por alguns minutos. Na retirado do jogador do gramado, que seria substituído por Eduardo, ocorreu a primeira paralisação do jogo. Um maqueiro deixou Márcio cair, causando revolta entre os médicos e jogadores do Grêmio.

Empurrado pela torcida, o Brasil impôs um novo ritmo ao jogo, encurralando o Grêmio em seu campo de defesa. Prevendo o aumento da pressão xavante, o técnico Hugo de Leon resolveu modificar o time. Tirou o volante Gustavo, de péssima atuação, e o atacante Márcio Oliveira, colocando em seus lugares, Nunes e Cássio. A alteração surtiu efeito e o Grêmio conseguiu conter o Brasil na intermediária. Até que, aos 28 minutos, em uma cobrança de escanteio, a zaga do Brasil falhou e a bola caiu nos pés de Tiago Prado. Livre, o zagueiro gremista tocou na saída do goleiro Pitol para abrir o placar.

Mas a alegria gremista durou pouco. Dois minutos depois, em um contra-golpe fulminante, Alê Menezes deixou Tiago Rodrigues cara-a-cara com o goleiro Eduardo. O atacante do time de Pelotas só teve o trabalho de escolher o canto para igualar o marcador.

Na seqüência, aos 33, uma confusão envolvendo o atacante Somália paralizou a partida pela segunda vez. Em uma dividida na ponta direita, o jogador gremista entrou forte em Careca, provocando a ira dos jogadores reservas do Brasil. Expulso, Somália partiu para cima da casamata adversária, e a violência foi generalizada. Acionada, a Brigada Militar entrou em campo e evitou o pior. Dez minutos depois, a partida foi reiniciada e, com um jogador a menos, só restou ao Grêmio se defender. O Brasil bem que tentou, mas não conseguiu marcar o gol da vitória.

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