Camilla Parker Bowles, que há décadas é amante do príncipe Charles e vai se casar com ele em abril, irá automaticamente se tornar rainha caso ele assuma o trono, afirmou o governo na segunda, dia 21. Ciente da desconfiança da população com relação a ela, Charles havia dito anteriormente que Camilla, divorciada e mãe de dois filhos, não se tornaria rainha quando ele substituir sua mãe, Elizabeth 2ª, como monarca do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte. Mas o governo britânico disse que seria necessário mudar as leis para que Parker Bowles não assuma o título de rainha.

– Ela se torna rainha automaticamente. Para impedi-la, seria necessário uma legislação – disse uma porta-voz do Departamento de Assuntos Constitucionais.

Assessores de Charles disseram que Parker Bowles sempre deixou claro que usaria o título de princesa consorte em vez de rainha.

– Se o governo disse que seria necessária uma lei, não haveria problema – afirmou um porta-voz do príncipe ao canal Sky News.

Embora as pesquisas indiquem que o público agora tolera o relacionamento de 35 anos do casal, a maioria se opõe à idéia de vir a ser súdito da "rainha Camilla". Segundo a pesquisa do jornal Daily Telegraph, realizada em março, apenas 7% dos britânicos consideram que ela deveria ser rainha. Parker Bowles é considerada por muitos a mulher responsável por destruir o "conto de fadas" que foi o casamento da falecida princesa Diana com Charles.

Os preparativos do casamento são caóticos desde que a cerimônia foi anunciada, em fevereiro. Por causa de uma confusão sobre licenças de casamento, o local da boda, marcada para 8 de abril, foi transferido do Castelo de Windsor para a prefeitura da cidade. A rainha Elizabeth, que relutou em aceitar o relacionamento de seu filho mais velho, decidiu não comparecer à cerimônia civil, o que foi amplamente visto como uma forma de esnobar o casal. Constitucionalistas questionam a validade de tal cerimônia civil. Os dois filhos de Charles e os dois de Camilla devem comparecer ao casamento.

As informações são da agência Reuters.