| 17/03/2005 21h18min
O setor agropecuário catarinense registra prejuízos de R$ 845 milhões em função da estiagem que atinge o Sul do país. As lavouras de milho são as mais afetadas, com perdas de 1,5 milhão de toneladas, equivalentes a R$ 425 milhões.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e compilado pelo Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa).
O engenheiro agrônomo responsável pela compilação dos dados, Simão Brugnago Neto, prevê que a quebra no milho – que foi de 38% – deve aumentar o déficit do produto no Estado.
Ele estima que Santa Catarina terá que trazer de outros estados mais de 2 milhões de toneladas do produto para abastecer as criações de suínos, aves e bovinos.
Somando-se as perdas do milho, da soja, do feijão e do arroz, a quebra é de 1,9 milhão de toneladas.
Simão Brugnago Neto disse que quebra na lavoura representa prejuízos para o produtor e menos dinheiro circulando na economia, o que se reflete no comércio, principalmente na região Oeste.
A Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc) analisou os dados com cautela. O vice-presidente da entidade, Enori Barbieri, disse que prefere esperar o final da colheita ou da estiagem para ter um levantamento mais preciso das perdas.
Barbieri acredita que as perdas no milho não são tão significativas, pois as primeiras lavouras colhidas tiveram boa produtividade. O vice-presidente da Faesc disse que o mercado não dá sinais de desabastecimento do produto e teme uma especulação de preços em virtude da estiagem.
A estiagem no Sul, no entanto, já provocou reações nos preços do milho, soja, leite e hortigranjeiros. A Faesc avaliou que até agora o governo federal tem atendido às solicitações da entidade, como a prorrogação das dívidas de investimento anunciadas na quarta-feira.
As informações são do Diário Catarinense.
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