Entre dezembro de 2004 e janeiro e fevereiro de 2005, a média mensal de chuvas no Rio Grande do sul foi de 30,96 milímetros. É a pior média em 62 anos.

A conclusão é do geólogo Marco Antônio Hansen, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), de São Leopoldo. Ele fez um estudo sobre índices pluviométricos registrados entre 1931 e 2005 e tem por base o cruzamento de dados reunidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), pela Rede de Estações de Climatologia Urbana e pelo Instituto de Pesquisas Agronômicas (Ipagro).

Pesquisas do meteorologista-chefe do 8º Distrito de Meteorologia do Inmet, Solismar Prestes, comprovam a gravidade da atual estiagem. O levantamento indica que o intervalo entre janeiro de 2004 e fevereiro de 2005 foi o quinto pior período de 14 meses da história em volume de chuvas em Uruguaiana e o sexto em São Luiz Gonzaga. Em Porto Alegre, é o 12º mais grave.

Considerados apenas os trimestres críticos, a Capital vive o quinto pior período de estiagem desde 1916. A apuração do Inmet considera apenas trimestres de primavera e verão, estações nas quais a falta de chuvas provoca perdas agrícolas e problemas de abastecimento.

Em virtude da seca, 417 municípios do Estado decretaram situação de emergência – dos quais 367 já foram vistoriados e 263 homologados.

As informações são de  Zero Hora.