| 23/02/2005 15h15min
Com o avanço da seca no Rio Grande do Sul, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) refez o cálculo dos danos no campo. Segundo a entidade, os prejuízos estimados podem chegar a R$ 6,3 bilhões.
Mis de 60 representantes de lideranças ligados à federação estiveram reunidos nesta terça, dia 22, em Porto Alegre, para traçar o panorama das principais culturas. Os cultivos mais atingidos são o milho, com perdas de 62%, o feijão, com 75%, e a soja, com 43%.
Estas culturas – incluindo o leite, uva, fumo, maçã e pecuária – somam prejuízo de R$ 4,86 bilhões, que acrescido aos R$ 1,44 bilhão de perdas em culturas de subsistência e piscicultura atingem a cifra de R$ 6,3 bilhões.
Para o presidente da Fetag, Ezídio Pinheiro, nunca se viu uma situação igual nos últimos 30 anos, o que traz grande preocupação para a viabilização da agricultura familiar.
– Os prejuízos são enormes, desestimulando a permanência dos agricultores na atividade. A situação é ainda mais grave pois esta seca se agrava pelo segundo ano consecutivo, descapitalizando ainda mais os agricultores familiares que enfrentam grandes dificuldades – afirmou.
A próxima ação da entidade será pressionar Brasília. Nos próximos dias 270 dirigentes sindicais estarão deslocando-se para a capital federal com o objetivo de reivindicar apoio do governo para amenizar os danos no campo. As lideranças participarão também do 9º Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, que ocorre de 28 de fevereiro a 4 de março.
As informações são de Zero Hora.
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